quinta-feira, 24 de março de 2016


MEUS MACHADIANOS






POR QUE MACHADO DE ASSIS:

Amo Machado de Assis, entre várias razões – 1 -, porque, em suas tramas e na composição de seus personagens, a dor se mistura ao riso, a solidão à hilariedade, para compor personagens cuja imagem é uma metáfora (universal, permanente) da complexidade, dos enigmas e dilemas do espírito humano... Algo que não caberia na Literatura de um único país, nem cultura, nem povo, nem poderia ser tematizado generosamente numa perspectiva (nacionalista, regional, localizada, particularizante, estanque, incapaz de amplitudes, dessas que se contentam com filigranas, desconstruções e diferenças etc...) limitada.

Amo Machado de Assis, entre várias razões – 2 - porque ele lançou uma Nova Inteligência que ainda se aplica atualmente para se entender nosso país, nosso povo, nosso caldo cultural e a arte/Literatura que aqui se produz (ou deveria se produzir):
“Não há dúvida que uma literatura, sobretudo uma literatura nascente, deve principalmente alimentar-se dos assuntos que lhe oferece a sua região, mas não estabeleçamos doutrinas tão absolutas que a empobreçam. O que se deve exigir do escritor antes de tudo, é certo sentimento íntimo, que o torne homem do seu tempo e do seu país, ainda quando trate de assuntos remotos no tempo e no espaço.”
Instinto de Nacionalidade, 1873.

Amo Machado de Assis entre várias razões – 3 – porque ele reviu, recriou, ampliou, envenenou intensificou recursos de composição literária – arte e ardil de contar histórias – de grandes escritores que leu, além de inventar outras técnicas que ainda hoje estamos distinguindo, de tão bem integradas estão às suas crônicas, contos e romances...

[Continua num futuro próximo...]




Estátua de Machado, recebendo os visitantes na Academia Brasileira de Letras - Rio de Janeiro. 


MACHADO DÁ HISTÓRIAS


Machado se transforma num senhor sapeca que, com a ajuda do garoto Juca, um engraxate de rua, investiga um assassinato no Rio de Janeiro do ano em que o escritor lançou D. Casmurro. Participação especial dos personagens, dos conhecidos de Machado e de sua mulher, Carolina. Editora Saraiva. 










Um dicionário que ama as palavras conta suas aventuras, atravessando os mares, chegando ao Rio de Janeiro do século XIX, vivendo muitos perigos e aventuras,  e entrando, para sempre, na vida de um   jovem escritor mulato, cujo maior sonho é viver de Literatura. Editora Saraiva.  










MACHADIANDO EM QUADRINHOS


 







Adaptações autorais com o super visual de Cesar Lobo... Editora Ática.






FACILITANDO A LEITURA

Coleção Descobrindo os Clássicos
Sempre uma trama jovem, uma aventura nos dias de hoje,
tendo como fundo a leitura de um clássico machadiano...
Dicas para entrar de vez na obra.
Literatura & Aventura
Humor & Mistérios
Editora Ática


O garotão mais popular do colégio se envolve com a gótica neta do coveiro, que todo mun do acha... esquisita! Uma leitura de "Memórias Póstumad de Brás Cubas",  



Segredos e Suspense... 
Um Clube de Leitura quase secreto. 
Amor e Descobertas...
Uma bibliotecária apaixonada por Literatura 
e que (nem sempre) obedece .as regras
Uma leitura dos contos mais irados de Machado de Assis. 


Pacto Sinistro. Proibido se apaixonar. Proibido um namorar o outro. Quatro jovens desencontrados com o amor se fecham num casarão para ler os romances considerados mais românticos de Machado. Surpresas em série!!! Uma leitrura de "Ressureição", "A mão e a Luva", "Helena" e "Iaiá Garcia". 










Segredos de família. Rolos e brigas. E enquanto isso acontece a leitura de "Esaú e Jacó" e "Memorial de Aires", os mais enigmáticos (e os dois últimos) romances de Machado. 









O Caldeirão... 
Acervo da Academia Brasileira de Letras, Rio de Janeiro
Machado costumava queimar as cartas e manuscritos ultrapassados nesse caldeirão de bruxo. Os vizinhos o viam, estranhavam
 e daí nasceu o apelido: "O Bruxo do Cosme Velho"
(bairro onde ele morava, no Rio).


MAPA DO TESOURO



As crônicas de Machado são o melhor hall de entrada para 
a Literatura do Bruxo
e para a Literatura...

Nesta coletânea,
30 crônicas comentadas, com notas que explicam menções de nomes, datas e contexto, 
além de provocações, 
sugestões e dicas de leitura! 
Editora Melhoramentos. 










3 comentários:

  1. Oi, Luiz Antonio Aguiar!
    Eu te agradecerei para sempre por ter me apresentado a esse tal Machado! Que de tão distante, causava certo medo de encarar... Ali naquele encontro no curso de Formação do Leitor (FNLIJ/SME), dei de cara com esse tal Machado e me encantei! Por que não fomos apresentados dessa maneira antes? Por que tive que ler Machado só para fazer prova? Ainda bem que estava ali naquele dia. O seu encantamento com Machado me dizia: dá uma chance para ele, dessa vez não valerá "nota"... Puro deleite!!! Como deve ser o encontro com a Literatura, que é arte, puro deleite... Obrigada pelo encontro e por desmistificar esse tal Machado!
    Ler Machado é sentir que a arte está mais próxima do que imaginamos. Muito obrigada!
    Ivanise Meyer (professora I e II da Rede Municipal do Rio de Janeiro)

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    1. A maior alegria tem sido dar aula para vcs, para podermos conversar sobre Litreratura. Obrigado por suas palavras, Ivanise.

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  2. Luiz, estou com a edição nova da trilogia de José Mauro de Vasconcelos e adorei o prefácio feito por você, obrigada pelo carinho com o nosso Ze.
    Bjs

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