ARQUEOLOGIAS MACHADIANAS
"procurai
também que, lendo a vossa história, o melancólico se mova ao riso, o risonho o
acrescente ..." .
“Prólogo”
de D. Quixote, Cervantes, 1605.
Volume 1, p.35. Tradução Sérgio Molina.[1]
Vivo dizendo nas minhas conversas
Brasil afora que nada, em Literatura, nasce de chocadeira. Antes de ser um
escritor, a pessoa é um leitor – geralmente no caso um Leitor Cascudo. Nesse reino das bibliotecas,
livrarias, eventos literários, é que ele vai escolhendo livros, seja pela capa,
pelo título, pelo texto de 4ª capa, ou pela orelha, ou ainda pelas primeiras
linhas da primeira página. De um livro passa para outro e assim, sem sentir,
forma seu gosto, vislumbra que tipo de
Literatura gosta de ler. E, muitas vezes, se essa pessoa se transformar numa
escritora, ou num escritor, é assim que ele elege que tipo de Literatura irá escrever.
A história de leitura de um
escritor é sempre esclarecedora. Em alguns, é registrada, e até mesmo em
detalhes, como na rara e valiosa autobiografia literária de José de
Alencar: Como e porque sou romancista.
Já Machado, considerado, com méritos, o terror
dos biógrafos, não facilitaria as coisas de tal maneira, entregando seus ascendentes literários. Será preciso
escavá-los, num trabalho arqueológico.
Não que ele esconda, ou disfarce essas
influências. Mas não faz questão de destacá-las,
de fazer alarde, de chamar atenção. Como tudo o mais no Bruxo, ele lança citações ou releituras do modo mais sutil. A ponto de, em alguns casos, não
podermos ter certeza dessa vinculação, somente suspeitas.
Obra de
finado, escrevi-a com a pena da galhofa e a tinta da melancolia.
“Ao
Leitor”, em Memórias Póstumas de Brás Cubas,
Machado de
Assis, 1881.
em ilustração de Gustve Dorè.
O primeiro aviso, quando
esbarramos com uma relíquia revivida – uma suspeita genealógica – é JAMAIS
confundir isso com plágio. Na
Literatura existem linhagens,
descendentes e ascendentes. Um processo de transmissão, como escrevi acima, em
que o leitor que existe no escritor se revela, assombra a criação da obra. Como se para
provar que não há defunto mudo, nem amnésico – e a rigor o mistério da
morte se manifesta de maneira peculiar na reprodutibilidade da ficção, em
personagens e em enredos.[2]
Assim, tempos atrás, relendo o Prologo de D. Quixote, me deparei com a frase citada acima. Daí, foi pegar a
pista para entender que a mesma alquimia que gerou D. Quixote, esse casamento
(ou conúbio, como escreveu Machado) da
melancolia com o riso, ou com a galhofa, foi a pedra filosofal a dar espírito e
vida também a Brás Cubas (erguendo-o da tumba para que contasse sua história ao
leitor; uma história da qual, como saldo, deixou-nos somente negativas) e... Simão Bacamarte, este com sua empedernida, inflexível, comovente integridade.
Adaptação para HQs
com César Lobo
Já vi muitas leituras, que acho
superficiais, considerando ambos (e às vezes vitimando também o D. Quixote)
somente pelo aspecto do humor. É pouco. É insuficiente. São meia-leituras
anêmicas. Deixam escapar o soberbo lado metafísico, filosófico de Machado, que
abrange inclusive a reflexão perturbadora sobre nossa incapacidade de aceitar os
limites de nossa condição humana (inclusive a mortalidade). [3]
Não se pode entender nem Brás Cubas,
creio, nem Simão Bacamarte, O alienista,
sem considerar que são ao mesmo tempo ridículos, risíveis, cômicos; mas
também patéticos, melancolicamente
solitários, e que eles estimulam de modo extraordinário nossa compaixão. É o que os torna modelos (de personagem ou de gente?). De certo modo, é a
mesma sina de Rubião, de Bento Santiago e do Conselheiro Aires.
A proposta está em Cervantes.
Nomeada no “Prólogo”, base da mistura genial que infunde D. Quixote em nosso
espírito, no da cultura humana, na Literatura. As variações (e mesmo ampliações) compostas por Machado de
Assis comprovam a maestria do Bruxo.
Machado vira um detetive investigando com o engraxate de rua, Juca, um crime , no ano em que lançou D. Casmurro.
Participações Especiais: Brás Cubas, Simão Bacamarte, Quincas Borba (o Cão e o Filósofo) e outros da mesma espécie.
Indo para outra trincheira, temos Hamlet (escrita c. entre 1599-1602) de
Shakespeare. Como todo clássico universal, comporta, é claro, inúmeras interpretações, ou leituras. Eu a leio como um
embate do ser humano contra a inevitabilidade da morte, passando pela tentativa de inferir, de despojos, de restos da vida, o que subsiste à morte. Há vários momentos da peça em que o sombrio, mórbido Hamlet se defronta com o
mistério final, inclusive a cena tantas vezes citada, no cemitério, em que ele ergue
a caveira de Yorik, o bobo da corte, aquele que ajudou a criá-lo, seu amigo
amado de infância, e reflete sobre o que se leva da vida, depois que o
organismo encerra sua atividade, e começa a dos vermes...
"Ao verme que primeiro roeu as
frias carnes do meu cadáver dedico com saudosa lembrança
estas Memórias
Póstumas."
“Dedicatória” de Memórias Póstumas de Brás Cubas.
A cena
de Hamlet com os ossos de Yorik é uma obsessão de Machado. [5]
E o verme que rói as frias carnes do cadáver de Brás Cubas tem um ancestral
nobre, trazido à cena, num rompante de ironia, por Hamlet.
Ato IV, cena 3. Hamlet acaba de matar Polônio.
O rei interroga Hamlet: “Onde está Polônio?”. E Hamlet responde: “Jantando”. E
completa: “Num jantar onde ele não come, mas é comido.[6]
Certa assembleia de vermes políticos está agora com ele. O verme é o grande imperador
da cadeia alimentar. Engordamos outras criaturas para nos engordar, e
engordamos a nós mesmos para engordar os vermes... “.
A
seguir, ainda Hamlet, sarcasticamente dirigindo-se ao rei, expõe sua concepção (humanitista?) de como a vida iguala
mendigos e reis, diante da sanha dos vermes: Morto um rei, é enterrado, e o
verme o “rói”. Vem o mendigo, tira o verme, ou a minhoca, da terra, e a usa
como isca para pescar. Daí come o peixe e, ao evacuar, o rei é excretado pelas “tripas”
do mendigo. Ou seja, o rei vira cocô de mendigo. E isso dito por um príncipe a
um rei. Ao vencedor, o cadáver.
O
curioso é que um crítico como Harold Bloom [7], que endeusa Shakespeare e
particularmente Hamlet, se recusa a citar a “Dedicatória” de Memórias Póstumas, em sua apreciação de
Machado – que ele considera um dos gênios da Literatura Universal, o único
escritor brasileiro nessa lista; ele a acha “terrível demais” para ser
reproduzida; e assim deixa de reconhecer a linhagem do verme, que passa de
Hamlet (Shakespeare) para Brás Cubas (Machado), carregando toda uma ironia,
ácida ao extremo em Machado, acentuada por conta de o nosso escritor mulato debochar da nossa inconformidade
diante da morte, trata-la com espírito de galhofa. Ocorre que Hamlet também faz isso, e quem sai aos seus não degenera. [8]
Finalmente,
nesta primeira série de achados arqueológicos, algo bastante mais sutil, e que tem a ver com um aspecto refinado da técnica narrativa, da arte, dos recursos e ardis de contar histórias ...
Edgar
Allan Poe (EUA, 1809-1849) compôs quase todos os seus contos – como O Gato Preto, O Barril de Amontillado e O Coração
Delator, nos envolvendo com um enigma bastante peculiar. Nesses contos, um
personagem nos conta uma experiência sobrenatural, que o transtornou e devastou
sua vida. Nesses três contos, ainda, embora não sejam únicos exemplos em Poe[9],
esse personagem cometeu um crime hediondo, mas rejeita, diante do leitor, a
responsabilidade sobre o ato. O crime
teria sido imposto por essa entidade/circunstância sobrenatural, do/da qual o
personagem se apresenta como vítima.
incluindo Edgar Allan Poe.
Podemos,
é fato, recusar essa declaração de inocência. Podemos até pensar que o personagem, sendo louco,
cometeu esses atos e que nos conta essa versão sobrenatural por força de um delírio. De um surto psicótico. Algo
assim. Que nada de sobrenatural teria ocorrido, somente crueldade insana.[10]
Ocorre
que não há outra fonte para nos
informar sobre o que aconteceu. Não há termo
de comparação. O personagem está blindado.
Podemos acreditar no que quisermos, interpretar como quisermos, mas, nesse
caso, estaremos recorrendo a um juízo trazido de fora da história. Que não
existe nos limites (no universo) da história, mas em nosso mundo físico,
racional, explicável, cotidiano. Que não aceita, usualmente, o sobrenatural, nem
muito menos a interferência do sobrenatural nos acontecimentos. Tudo poderia
até mesmo ser mera invenção, ou mesmo mentira,
dissimulação, ou disfarce do perpetrador do crime. Só que, assim, eliminando o
sujeito que conta a história, seu
protagonista, nesse caso, por causa dessa construção em que somos enredados,
eliminamos junto a história. [11]
O protagonista-narrador não é somente um personagem, uma versão, ele é a história. A história é a exposição
que ele faz. Como ele expõe o acontecido é a história, e se quisermos a história do seu caráter, do seu espírito, mente, ou da sua alma.
Muitos
já terão aqui reconhecido o mesmo recurso (ardil) utilizado em D. Casmurro.
Capitu
traiu ou não traiu Bentinho?
A
pergunta ressoa há mais de um século. É a face mais óbvia dessa construção
magistral de Machado, que torna Bento Santiago a única fonte disponível para
conhecermos a história dele com Capitu. [12] Podemos achar que ele não é confiável.
Que um marido traído, um frouxo, um fracasso moral como Bento Santiago não pode
ser testemunha, promotor, júri e juiz do caso (o personagem é um advogado).
Podemos até nos revoltar com o fato de ser dado a ele, e não a Capitu, muito mais mulher do que ele era homem, um personagem muito mais sedutor,
carismático, encantador, a propriedade da
história, só porque, dentro de uma visão de mundo patriarcal e machista,
ele, homem, tem de ser o dono da casa,
mesmo que menos qualificado do que ela. Podemos até mesmo escrever outras
versões da história – e muitos o fizeram.
Dane-se!
A
história de D.Casmurro é aquela contada por Bentinho. Não existe outra.
E Machado, primeiro tradutor de O corvo em
português, e leitor de Edgar Allan Poe, envenenou aqui, e em outros romances, o
recurso utilizado pelo escritor americano, transformando-o, fazendo o poder de narrar voltar-se maliciosamente, como nunca, contra o próprio personagem que narra. Bruxaria nunca vista. Galhofa + Melancolia, lembra?
Bentinho arrasa a própria vida por incompetência para ser feliz. Por incapacidade moral de conviver com uma mulher forte, como era a mãe dele, D. Glória, a quem ele intitulou Uma Santa (epígrafe que mandou gravar na lápide dela). Só que, ao contrário dos predicados maternos que ele idolatrava, deparou-se em Capitu com uma sensualidade, uma feminilidade ... que o incapacitou. [13]
que pertenceu a Machado de Assis
Bem,
interrompo por aqui esta primeira escavação das Arqueologias Machadianas. Haveria
outras, ficam para um próximo momento. Tomara que eu não tenha escrito tanto, até
aqui, para listar aspectos que sejam irrelevantes para você que me leu. No entanto, quem sabe?... Leitores Cascudos
estão sempre se deliciando com quitutes extras, sobregostos, aromas que se
revelam num contato mais íntimo.
No mínimo, servem, aqui, para sugerir que as raízes de Machado não são nacionais. Ou melhor, são além de qualquer pátria.[14] São a Literatura.
É por aí que sigo.
E teimo!
#minhapátriaéaliteratura
[1]
São Paulo, Ed. 34, 2002.
[2]
Ivan Junqueira destaca a vinculação de Machado a Cervantes e em especial ao D Quixote:
“ A influência de Cervantes
retorna à literatura brasileira com o advento do Realismo e do Naturalismo.
Assíduo e atento leitor do Dom Quixote foi Machado de Assis, o maior dentre os
nossos escritores e patrono da Academia Brasileira de Letras. Machado lia-o com
freqüência numa edição anotada por Dom Eugenio de Ochoa, publicada em Paris
pela Livraria Garnier. [...]
Machado
de Assis alude a Cervantes e ao Dom Quixote inúmeras vezes em sua obra
ficcional, particularmente no romance Memórias póstumas de Brás Cubas, de 1881,
nos contos “Teoria do medalhão”, incluído em Papéis avulsos, de 1882, e “Elogio
da vaidade”, pertencente ao volume Páginas recolhidas, de 1889, e em diversas
crônicas de jornal publicadas na segunda metade do século XIX. Numa delas,
datada de 1876, Machado de Assis propôs “a organização de uma companhia
literária, no Rio de Janeiro, somente para editar Dom Quixote com as famosas
ilustrações de Gustave Doré”.
[3]
Acho igualmente empobrecedor aqueles que reduzem Machado a um mero historiador, ou
comentarista/documentarista da História. Geralmente, são visões que não
conseguem ler as bruxarias literárias, e a própria literariedade abusada,
extremada, radical, absoluta de Machado.
[4] O Undiscovery Country (O reino não-descoberto) menção da fala que
se inicia com o famoso “Ser ou não ser, eis a questão”, Ato III, cena 1.
[5]
Ver entre outras as crônicas de 9 de junho de 1894 e a de 12 de dezembro de
1884, ambas ao mesmo tempo, paródias e ampliações da conhecida cena (Ato V,
cena 1) em Hamlet. Nessa segunda
crônica, o narrador-cronista vai ao cemitério indagar sobre um homem que ganhou
momentânea celebridade, um tal Castro Malta que, preso, acusado de um
assassinato, morreu na cadeia sob torturas para que confessasse o crime. O caso
provocou comoção. Mas, o verme interrogado diz somente que , para o mundo
abaixo das lápides, ninguém carrega nome nem sobrenome. Importa somente a
maciez da sua carne. Mais um pouco e o
verme teria repetido, como se fosse o capítulo de encerramento de Memórias Póstumas ... “O resto é
silêncio” (Ato V, cena 2), derradeira fala, neste mundo, do Príncipe da
Dinamarca. A primeira crônica citada
pode ser encontrada na coletânea de crônicas de Machado que organizei e lancei
recentemente: O mínimo e o escondido.
A segunda constou da primeira edição da mesma obra.
[6] Na crônica de Machado O autor de si mesmo (16/06/1895), encontro quase a mesma frase, citada, e com o mesmo sarcasmo macabro de Hamlet quando um personagem indaga: "Que banquete é este em que o convidado é que é
comido?". O Bruxo a coloca na boca de um bebê, deixado pelos pais para ser devorado por galinhas." (Essa crônica está em O mínimo e o escondido) ... Já em O Silêncio dos Inocentes, essa é a
matriz da piada final de Hannibal Lector. É ver o filme e constatar. A frase - "Tenho convidados para o jantar", referindo-se ao diretor do presídio, que ele odeia, e vinda da boca e dos dentes de um canibal, tem sabor especial. Ainda mais, dita com o sotaque britânico de Anthony Hopkins/Hannibal Lector. Para gurmês de Shakespeare!
[7] A devoção do crítico americano a Shakespeare e a Hamlet está expressa em Shakespeare: a invenção do humano (Rio, Objetiva, 2000). Já a colocação de Machado no panteão dos maiores gênios da Literatura está em Gênio (Rio, Objetiva, 2002). Lá, encontramos, na p.690: "Considero a dedicatória de Memórias Póstumas de Brás Cubas terrível demais para ser citada, constituindo inadequada indicação do tom do livro". E eu considero esse comentário desconectado de uma leitura competente dessa obra de Machado. Viva o verme (hamletiano)!
[7] A devoção do crítico americano a Shakespeare e a Hamlet está expressa em Shakespeare: a invenção do humano (Rio, Objetiva, 2000). Já a colocação de Machado no panteão dos maiores gênios da Literatura está em Gênio (Rio, Objetiva, 2002). Lá, encontramos, na p.690: "Considero a dedicatória de Memórias Póstumas de Brás Cubas terrível demais para ser citada, constituindo inadequada indicação do tom do livro". E eu considero esse comentário desconectado de uma leitura competente dessa obra de Machado. Viva o verme (hamletiano)!
[8] Machado cita Shakespeare em TODOS os seus romances, e em inúmeros outros momentos. O que poderia, aliás, ser uma representação do patético humano mais poderosa, e mais machadiana do que essa passagem de Macbeth?... “A vida não é mais do que uma sombra que anda; um ator canastrão que passa pelo palco, interpretando sua breve cena, pomposo e exageradamente lamuriento, e logo desaparece sem que ninguém se lembre dele; é uma história contada por um débil mental, repleta de som e de fúria, e que não significa coisa alguma.” (Ato V, cena 5). Seria esse pobre ator fracassado , que não convence a ninguém de sua interpretação, um ancestral de Brás Cubas... ? (e de outras crias de Machado...?)
[9] ... Que Poe transmitiria a muitos de seus descendentes literários, como H.P.
Lovrecraft, em A tumba, por exemplo,
e Henry James, em A outra volta do
parafuso, e mesmo, de certo modo, a Stephen King, de O iluminado.
[10] Nos domínios da insanidade homicida,ou talvez do sobrenatural tornando prosaicos seres humanos em hediondos assassinos, e com o mesmo artifício acusado em Poe, ler A segunda vida, conto de Machado de Assis, que acrescenta, como de hábito no Bruxo, ao trágico/terror uma boa dose de galhofa. Ria quem puder. Horrorize-se quem quiser.
[11] É como um ovo... Podemos querer um omelete; mas aí, há que quebrar o ovo, e então é uma outra história.
[11] É como um ovo... Podemos querer um omelete; mas aí, há que quebrar o ovo, e então é uma outra história.
[12]
Creio até que tenho um indício de que, se Capitu traiu Bentinho, Ezequiel não
seria filho desse(s) ato(s), mas do próprio Bentinho; mas isso é outra
história... Já contei essa fofoca no Almanaque
Machado de Assis e posso contar aqui no Blog, outra vez...num próximo capítulo
sobre Machado e suas Bruxarias Literárias.
[13] Claro
que esta é a minha leitura; há muitas outras.
[14] Ou somente o seriam nos termos que ele coloca em Instinto de Nacionalidade; nada do exótico, do pitoresco, nem abusos de cor local, nem regional, mas "um certo sentimento íntimo", mesmo que ambientado em tempo e num lugar quaisquer.
[14] Ou somente o seriam nos termos que ele coloca em Instinto de Nacionalidade; nada do exótico, do pitoresco, nem abusos de cor local, nem regional, mas "um certo sentimento íntimo", mesmo que ambientado em tempo e num lugar quaisquer.
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